Reconhecimento de Voz


O reconhecimento de voz é uma tecnologia que enfrenta grandes desafios. Ao contrário dos gestos ou das características biométricas, que são se traduzem em dados relativamente fáceis de interpretar, a voz humana apresenta um sem número de problemas.


Embora a ideia de poder controlar computadores através da voz seja um conceito extremamente tentador, conseguir criar um que funcione "bem" é uma tarefa bastante complexa. Existem programas que trazem palavras pré-definidas, que apenas conseguem reconhecer um número limitado de palavras, assumindo que o utilizador fala de uma maneira que o computador consiga entender. Existem também programas que podem ser "ensinados", ou seja, o utilizador pode configurar o programa para entender o seu tom de voz, pronuncia, palavras desconhecidas ao sistema e até a velocidade da fala. Embora seja muito mais eficientes que os seus concorrentes não "ensinados" demoram uma quantidade considerável de tempo a serem programados, tendo de ser programados para cada utilizador individualmente. É por isso que a maioria das empresas que utilizam este sistema prefere a versão mais propensa a erro pois, apesar de menos eficiente, pode ser utilizada por várias pessoas e é capaz de realizar tarefas, que embora simples, são necessárias (transferir chamadas, por exemplo).


Embora esta tecnologia já exista desde os anos 90, tem vindo a ser melhorada. Porém ainda existem vários problemas, sendo os mais flagrantes: a utilização (eficiente) por vários utilizadores; a dificuldade em reconhecer a entoação das frases (um humano percebe a diferença entre "Hoje!" e "Hoje?", um computador não); a interpretação de fonemas sensíveis a contexto e pronúncias (experimentem pedir a alguém do Porto para dizer "As vacas vão beber" a um computador... sem ofensa a qualquer nortenho é claro); ou a utilização correcta de pontuação.


A resolução de muitos destes problemas irá passar pelo desenvolvimento da inteligência artificial dos computadores. Mas por enquanto, o reconhecimento de voz é um tema que, perdoem-me por não arranjar uma punchline melhor, dá que falar...

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